Síndrome da Bexiga Dolorosa

Síndrome da Bexiga Dolorosa – Sintomas e tratamento

 

A Síndrome da Bexiga Dolorosa, também chamada de Cistite intersticial, é marcada por uma dor crônica, que aumenta consideravelmente quando a bexiga está cheia, melhorando após a micção. É bastante similar a cistite bacteriana, com a diferença de não provocar ardência ao urinar e não se ter notícia, até o momento, de nenhuma bactéria ou vírus que seja a causadora do problema.

 

Embora seja pouco conhecida, a doença é considerada um problema crônico, capaz  de comprometer a qualidade de vida, a saúde, o aspecto emocional e autoestima de quem sofre com ela. A SBD atinge especialmente mulheres, a partir dos 40 anos, que representam 9 a cada 10 casos da síndrome. No entanto, nos homens normalmente apresenta relação com a prostatite. 

 

Diagnóstico

 

O diagnóstico do problema,muitas vezes é confundido com o de uma infecção urinária, mas como já foi dito acima, não há nenhum agente viral ou mesmo bactéria que o cause. 

 

O passo inicial dado pelo urologista ou ginecologista, é analisar exames que possam afastar a hipótese de qualquer infecção ou mesmo cânceres na bexiga, próstata ou na uretra. 

 

O exame principal a ser pedido é o de urina. Seu objetivo é verificar os sintomas urinários, e descartar outras condições que possam ser as causas desses sintomas, o que o torna imprescindível. A hematúria pode estar presente, e sempre deve ser investigada. Além da pesquisa por clamídia na urina também, a fim de se afastar o risco do problema ser causado por doenças sexualmente transmissíveis (DST). Outros exames a serem pedidos são o pélvico para as mulheres e o do toque retal para os homens.

 

Verifica-se ainda se existe a presença de cálculos renais ou se o paciente sofre com diabetes, o que também prejudica o trato urinário. 

Tratamento

 

Infelizmente, não existem casos de uma completa erradicação dos sintomas da Síndrome da Bexiga Dolorosa. Desta forma, é importante atuar em sua prevenção. Alterações da dieta, por exemplo, podem contribuir, sendo importante que o paciente evite comidas picantes e alimentos com alto teor de potássio, pois podem causar ainda mais irritação à bexiga. O fumo e o álcool também devem ser evitados.

 

Entre os tratamentos com suporte médico, podemos citar:

 

Exercícios do músculo pélvico: feitos com biofeedback,  método de treinamento psicofisiológico que conta eletroestimulação e cinesioterapia.

Treinamento da bexiga: técnica em que o paciente passa a seguir uma programação fixa para urinar enquanto está acordado. O médico trabalha para estabelecer uma programação de micção a cada duas ou três horas.  Reduzindo assim a urgência de urinar em outros horários 

Conforme a pessoa se torne mais capaz de reduzir a urgência de urinar, o intervalo pode ser gradualmente aumentado.

Medicamentos:  são frequentemente necessários, já que muitas pessoas precisam de analgésicos, sejam por via oral ou aplicados diretamente na bexiga, para diminuir a dor. Anti-histamínicos também podem ajudar a diminuir a urgência urinária, por exemplo.

Hidrodistensão da bexiga: Realizada durante a cistoscopia, a hidrodistensão pode ser feita em  pacientes que não tiveram melhora com o tratamento inicial. Por meio de uma sonda, é colocada a medicação, que permanece por 15 minutos e posteriormente é expelida na urina. Geralmente precisa ser repetida por seis a oito semanas.

Conclusão

 

A Síndrome da Bexiga dolorosa não chega a ser um distúrbio psicológico. Mas seus sintomas podem ser agravados pelo estresse, ansiedade, depressão ou outros fatores. Além disso, como foi dito no início do texto, a doença muitas vezes pode prejudicar a vida social. Sendo assim, apoio psicológico e a compreensão de amigos e parentes são importantes para lidar com estes problemas. 

 

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